Arroba do boi mudou de patamar no último ano, com expectativa de preços sustentados em curto prazo
Produtores mais eficientes são os grandes beneficiados
Produtores mais eficientes são os grandes beneficiados
Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/USP), o preço médio mensal apurado para a arroba do boi gordo, em São Paulo, passou de R$221,36 em julho de 2020 para R$318,63 em julho de 2021 – uma alta de R$97,26/@, ou 43,9% no período.
Olhando para frente, não há indícios de reversão desta tendência. De acordo com o contrato futuro do boi gordo negociado na B3 (Bolsa de Valores do Brasil), os preços permanecerão sustentados nos próximos meses, até o fim de 2021. Veja a curva de preços futuros, negociados no início de agosto/21 na figura 1.
Apesar da alta também ter ocorrido para os custos de produção, a reação sustentada para o preço do boi traz um cenário muito positivo para os produtores mais eficientes, fruto da aplicação de tecnologia.
“A maior produção de arrobas/ha/ano beneficia muito o produtor nestes momentos de ciclo de alta de preços do boi, ao mesmo tempo em que a ampliação da escala produtiva possibilita a diluição de custos fixos e variáveis indiretos. A consequência é um impacto positivo no resultado global da fazenda, conseguindo desfrutar destes momentos de alta”, comenta Gustavo Aguiar, Coordenador de Marketing da Barenbrug do Brasil e Mestre em Administração pela Unesp.
Nestes casos, a intensificação da produção a pasto, de forma exclusiva ou em etapas específicas do sistema produtivo (como em fazendas que terminam o gado em sistemas confinados ou semiconfinados), ganha relevância cada vez maior.
“Cada vez mais, vemos projetos pecuários com um olhar de médio e longo prazo, que não se baseiam exclusivamente na flutuação dos preços da arroba para a elaboração e operação do seu planejamento estratégico. Estes negócios, que atingem um grau de eficiência superior através de comprometimento e objetivos claros, serão os grandes vencedores no processo de modernização da pecuária”, complementa Aguiar.