Como armazenar sementes forrageiras para preservar a sua qualidade e desempenho?
Descubra a importância do correto armazenamento para a preservação da qualidade e desempenho de sementes forrageiras
Descubra a importância do correto armazenamento para a preservação da qualidade e desempenho de sementes forrageiras
O uso de sementes forrageiras de alta qualidade é de fundamental importância para um eficiente estabelecimento ou renovação da pastagem e tem um impacto importante no rendimento potencial da cultura, necessário para uma atividade moderna e rentável. Por isso, é vantajoso investir em sementes de qualidade, pois constituem uma pequena percentagem do total das despesas com insumos no custo de produção e muito podem contribuir para a qualidade e quantidade da produção, assim como evitar a contaminação das áreas por patógenos e plantas daninhas.
Além disso, a utilização de sementes de qualidade proporciona rápido estabelecimento do estande, inclusive em condições adversas, crescimento e desenvolvimento uniforme de plântulas, garantindo alta produtividade e lucratividade. Por isso, é importante entender quais os fatores que podem afetar a qualidade em termos de propriedades biológicas e físicas, durante o processo produtivo, no armazenamento e no transporte para que se possa preservar essa qualidade até o momento em que as sementes realmente são utilizadas, ou seja, na semeadura.
Segundo Diego de Sousa Pereira, Especialista em Tecnologia de Sementes da Barenbrug, para que a semente chegue com qualidade até o consumidor final, o agropecuarista, é necessário planejamento e adoção de um rigoroso controle de qualidade, viabilizado por profissionais qualificados e treinados, em todas as fases (produção, colheita, pós-colheita, armazenamento e distribuição).
No caso de gramíneas forrageiras tropicais, existe um complicador na produção que é a dormência inerente às espécies. A dormência das sementes, geralmente, é controlada por dois mecanismos, a dormência fisiológica, presente em sementes recém-colhidas, e a dormência física, imposta pelos tecidos que envolvem a semente, e que está relacionada a restrições à entrada de oxigênio na mesma. De modo geral, a dormência associada ao embrião é progressivamente suprimida durante o armazenamento das sementes, ou seja, é superada com o tempo, e esse mecanismo é diretamente influenciado pelo ambiente em que as sementes se encontram armazenadas.
No Brasil, o armazenamento é uma operação particularmente importante devido às condições climáticas tropicais e subtropicais com altas temperaturas e umidades relativas, desfavoráveis à manutenção da qualidade das sementes. A umidade e a temperatura são os principais fatores que afetam a qualidade das sementes no armazenamento, e a sua condução de forma regular e eficiente refletirá na manutenção da viabilidade do lote, evitando os descartes por reduções de germinação abaixo dos padrões para cada espécie, inclusive de forrageiras. “Assim, quando as sementes são armazenadas em condições controladas de temperatura e umidade é possível uma maior conservação da qualidade fisiológica devido à redução dos processos degenerativos, sendo esse controle realizado em câmaras frias e secas”, explica Pereira.
Apesar de vantajoso para a conservação de sementes, o ambiente de câmara fria (10°C), no caso de sementes de gramíneas forrageiras, também conserva a dormência fisiológica presente nas sementes. Isso faz com que as empresas produtoras adotem estratégias, sobretudo na fase de armazenamento, que permita a superação da dormência bem como a conservação das sementes sem perda de qualidade. Atualmente, essas estratégias são partes fundamentais do programa de controle de qualidade interno da Barenbrug do Brasil, que visa oferecer aos agricultores e pecuaristas sementes de forrageiras de elevada qualidade fisiológica.
Como estratégia, todos os lotes são, inicialmente, armazenados em ambiente que permita a superação da dormência das sementes antes de serem submetidos em condições mais amenas, ou seja, que permite a maior conservação da qualidade. A exemplo, atualmente a empresa possui dois galpões climatizados, com área de aproximadamente 700 m² e capacidade para 600 toneladas, utilizados para o armazenamento e conservação dos lotes de sementes de alta qualidade e que superaram a dormência fisiológica.
O controle de qualidade adotado pela Barenbrug do Brasil se destaca por ser capaz de avaliar a qualidade das sementes em todas as etapas de produção, da colheita ao armazenamento, pois conta com um laboratório próprio (LASBAR) credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), onde avalia-se a qualidade de todos os lotes de sementes. Por meio de uma série de análises, amostras representativas dos lotes são coletadas em diferentes pontos do processo de produção, desde o campo, passando por toda a linha de beneficiamento, incrustação e embalagem das sementes. Essas análises visam assegurar que os lotes de sementes produzidos pela Barenbrug atendam aos mais altos padrões para a comercialização de sementes no Brasil e em países onde possui atuação; e que acima de tudo atendam a expectativa dos clientes, que buscam uma pastagem eficaz e de qualidade, cujo estabelecimento é assegurado por uma emergência de plântulas rápida e uniforme.